quarta-feira, 13 de outubro de 2010

CANDOMBLES JÊJÊ - 2ª PARTE

2ª PARTE

2º. Depoimento de Glorinha Toqueno, Orunmila ( sem data ) :


“ Eu filha-de-santo de Mejitó, que por sua vez foi feita por Gayaku Rosena, do axé Pódaba, o primeiro axé no Rio de Janeiro. A exemplo de Gayaku Rosena, fez poucos filhos de santo, a saber; Joana da cruz de Omolu, que por sinal após a morte de Mejitó foi Mãe pequena de Djalma de Lalu, que, por sua vez prestava-lhe muitos serviços, como catar folhas etc.

D.Isaura de Omolu, Dna Amância de Xangô, mais especificamente de Acorombé, eu, de Aziri e Natalina de Oxum. Afora isto ela confirmou vários Ogans e Ekedjis como; Luiz Ogan de Vodunjó, pai carnal de natalina; Maria Adamastor ekedji de Ogunte, uma irmã de santo de Megitó.

Mariquinha que era Runsó da casa, Bento de Sogbo, Ogan Acendino e seu filho Roberto ambos de Gú; Marcelino se não me engano, Olissá e minha tia Teresa que é Rozegan da casa, uma função dedicada aos cuidado das quartinhas ou seja, dos Gonzen e dos Grá também.

Existem três axés grandes: o Pózerren e o Póeji da Bahia e o Pódaba aqui no Rio. Eu fui feita no Pódaba onde havia este “ Oro “; antes do “santo”! vem o Grá.

O GRÁ é como se fosse a parte selvagem. Eles iam com Megitó e se embrenhavam no mato para buscar folhas e seus bichos. Tinha alguns que voltavam até com cobra. Não falavam, comunicavam-se por sons.

Eram mantidos num cômodo...avisavam quando vinha alguém...somente Megitó e Tia Teresa lidavam com eles..o GRÁ é antes de fazer o “santo”...é chamado após um determinado tempo mandado embora para que a pessoa possa receber seu vodun. Uma vez que foi, não volta nunca mais. “

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